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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Algumas mentiras e verdades da alimentação infantil


Dieta vegetariana é saudável para crianças?

Não. Criança precisa ingerir carne vermelha, pois é uma fonte muito importante de ferro, zinco proteína e gordura. A dieta vegetariana deixará a criança deficiente em nutrientes podendo interferir no seu crescimento e desenvolvimento.

Suco de beterraba acaba com anemia?

Mentira! Muitas pessoas costumam assimilar a cor da beterraba com o sangue. Uma xícara de beterraba ralada possui em média 0,8mg de ferro. Enquanto a necessidade de uma criança anêmica gira em torno de 5mg por quilo de peso corporal. Um bife de fígado (100g) tem aproximadamente 10mg de ferro, um bife de boi (100g) 4,2mg de ferro. Contra anemia a carne vermelha é a melhor opção. É rica em ferro-heme (forma que o ferro é melhor absorvido pelo nosso corpo), diferente do ferro não-heme encontrado nos vegetais. Para potencializar a absorção de ferro, acompanhe a carne com uma fonte de vitamina C, pode ser um suco ou uma fruta (laranja, mexerica, mamão, acerola, kiwi, entre outros).


Crianças de qualquer idade podem comer peixe cru e frutos do mar?

Não. Pois eles representam risco elevado de intoxicação alimentar e alergias. Após os 2 anos de idade pode-se introduzir em pouca quantidade e com muito cuidado. Para prevenir o melhor é cozinhar ou assar bem para diminuir o risco. Mas se mesmo assim houver preferência pelo peixe cru verifique se o estabelecimento possui certificado sanitário, que garante a procedência do peixe. Se o peixe em questão for o salmão verifique se foi previamente congelado para evitar a difilobotríase (sintomas: náuseas, vômitos e dores abdominais).


Substituir o leite de vaca pelo de soja é a opção mais saudável?

Nem sempre. O leite de vaca é melhor por ser fonte de cálcio, mineral necessário para a manutenção dos ossos e para outras funções em nosso corpo. O leite de soja é uma boa opção para ser utilizado por crianças com intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite (caseína). Em caso de dúvida consulte um nutricionista, que saberá orientar o melhor leite para seu filho.

Crianças podem consumir produtos diet e light?

Não. Devem ser evitados por pessoas que não possuem alguma patologia que exija o consumo destes alimentos (hipertensão, diabetes, entre outros), Até hoje não sabemos o efeito que os componentes dos adoçantes podem causar com o consumo prolongado, mas por serem artificiais o ideal é não oferecê-los para crianças.


Posso fazer gemada para meu filho?

Não. O consumo de ovo cru pode ser prejudicial a saúde. Se estiver contaminado com a bactéria Salmonela, pode causar náuseas, vômitos, diarréias e até mesmo levar a morte. Para consumir ovo tranquilamente o ideal é cozinhá-lo ou fritá-lo até a gema ficar dura.

Alimentos com textura firme e em pedaços devem ser oferecidos às crianças?

Sim, esses alimentos estimulam a mastigação, fortalecem os músculos, facilita a fala e faz com que a criança se acostume ao sabor real dos alimentos. O ideal não é bater os alimentos no liquidificador quando estiver introduzindo a alimentação complementar para o bebê, e sim passá-los pela peneira ou amassá-los com o garfo. Conforme a criança tiver dentes ofereça alimentos em pequenos pedaços, alimentos crus como cenoura, pêra, maçã, etc.


Os macarrões instantâneos podem ser consumidos com freqüência?

Não. O ideal é evitar esses tipos de macarrões. O condimento que acompanha a massa possui alta quantidade de sódio, que eleva a pressão arterial e retém líquido no organismo. Também possui glutamato monossódico que alguns estudos sugerem interferência no crescimento e desenvolvimento. Então o ideal é consumir de vez em quando.

É importante consumir leite fermentado?

Sim. Pois contém lactobacilos vivos que colonizam a nossa flora intestinal impedindo que bactérias nocivas atuem no intestino. Se a criança apresentar diarréia é importante oferecer leite fermentado, pois além de diminuir o tempo de duração desta eles protegem as paredes intestinais.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

TRANSTORNOS DA INFÂNCIA PRECOCE E PRIMEIRA INFÂNCIA

Existem diversos transtornos emocionais que qualquer ser humano está sujeito a ter, inclusive as crianças e adolescentes. O tratamento adequado desses transtornos de forma e em época adequadas, proporciona não só às crianças e adolescentes um melhor desenvolvimento, senão também à família e, em última instância, à sociedade.
O contacto precoce íntimo da criança com a mãe, imediatamente depois do nascimento terá um significado emocional muito grande para o futuro emocional da pessoa.
Os gestos e carinhos com que a mãe toca seu filho recém nascido, a conversa simbólica cujo significado é mais sentido que compreendido pela criança, a sensação tranqüilizadora que a criança sente quando sente seu corpo junto ao corpo da mãe, quando capta os batimentos cardíacos no peito da mãe são experiências afetivas primordiais que ficarão eternamente presentes no perfil afetivo dessa criança.
Esta etapa de relacionamento afetivo íntimo mãe-bebê tem sua influência mais marcante entre os 3 e 10 anos (da infância precoce até a idade escolar, ou primeira infância). E nessa etapa as crianças necessitam do relacionamento afetuoso com os adultos, de um contacto que estimule segurança, confiança e proteção.
Alterações no relacionamento mãe-filho nessa faixa etária podem ter conseqüências danosas ao desenvolvimento infantil e seqüelas que podem se perpetuar ao longo da vida adulta. Essas conseqüências dependerão da época (quanto mais precoces piores), das características afetivas inatas da criança, da personalidade da mãe e das circunstâncias desse relacionamento.

Transtornos da Alimentação – De 0 a 1 Ano
O Transtorno de Alimentação da Primeira Infância consiste na falha persistente em comer ou mamar adequadamente, que se reflete como um fracasso significativo para ganhar peso ou uma perda de peso significativa ao longo de pelo menos 1 mês (Critério do DSM.IV). Não se trata da conseqüência existe de uma condição gastrintestinal orgânica ou outra condição clínica, como por exemplo, do refluxo gastro-esofágico, mas uma perturbação alimentar de difícil explicação. Para que o transtorno alimentar seja considerado de primeira infância seu início deve ocorrer antes dos 6 anos de idade.
Com freqüência os bebês com transtornos da alimentação são irritáveis e difíceis de consolar principalmente durante a alimentação e, em outros momentos, eles podem ser apáticos e retraídos, bem como apresentar atrasos no desenvolvimento.
Em alguns casos o Transtorno de Alimentação da Primeira Infância coexiste com problemas na interação entre os pais e a criança, em geral caracterizados por reações agressivas dos pais diante da recusa alimentar do bebê.
Pode existir uma associação entre o Transtorno de Alimentação da Primeira Infância e dificuldades no ciclo sono-vigília, regurgitação freqüente e períodos imprevisíveis de vigília. No primeiro ano as recusas alimentares também podem ser conseqüência de separações traumáticas, porém, não é raro que aconteça o contrário, ou seja, que a criança mostre uma necessidade excessiva de alimento.

Recusa Alimentar
Os primeiros transtornos alimentares na infância podem aparecer logo na lactância através da recusa do peito materno ou da mamadeira. No começo dessa anorexia algumas crianças demonstram apenas passividade diante da comida, não realizam os movimentos de sucção e, depois de algum tempo, se negam a comer. As causas podem ser fisiológicas, como por exemplo um reflexo de sucção mais lento, o fluxo do leite difícil ou a forma inconveniente do mamilo, ou mesmo devido à pouca necessidade de alimento.
As causas podem ainda ser psicológicas, neste caso, como uma reação negativa automática desencadeada pela ansiedade da mãe. Ainda por razões psicológicas, a criança pode apresentar recusa alimentar por ocasião do desmame do seio materno, manifestando-se, além da recusa alimentar, choro, agitação e/ou vômitos. Essa situação pode ser prevenida quando o desmame do seio é gradual. Durante o primeiro ano a relação comida-mãe tem um papel fundamental no desenvolvimento da criança. Às vezes, a recusa alimentar da criança reflete uma carência de atenção materna. São importantes as reações dos pais a respeito dessas dificuldades alimentares da criança. Normalmente os pais se desesperam diante da inapetência de seus filhos mas, se forçam a alimentação com extrema rigidez, criam-se círculos viciosos onde a hostilidade e tensão passam a predominar, convertendo os atos de comer em verdadeiras lutas entre os pais e a criança.

Vômitos
No caso dos vômitos, o jato e a força do alimento expelido pela boca é proporcionada por fortes contrações da musculatura abdominal e podem ter uma grande variedade de causas. Entre essas causas as mais comum são o exceso de alimento oferecido, seguido pela voracidade e rapidez com que alguma crianças mamam e por atitudes extremadas das mães, sobreproteção ou de falta de atenção. A aerofagia, que é a ingestão de ar junto com o leite, também pode ser uma das causas.
Alguns psicólogos acreditam que, com muita freqüência, os vômitos se devem a dificuldades emocionais que a criança experimenta, e devem ser entendidos como uma tentativa de chamar a atenção, uma espécie de protesto ou um medo de perda da mãe.

Regurgitação ou Ruminação
A característica da Ruminação ou Regurgitação é a volta espasmódica da alimentação ingerida e re-mastigação de alimentos. Trata-se de uma dificuldade muito séria no processo alimentar que começa entre os 3 e 6 meses de idade, podendo persistir durante muito tempo.
O alimento parcialmente digerido é ejetado da boca ou, mais comumente, mastigado e engolido de novo, é regurgitado sem náusea, esforço para vomitar, repugnância ou transtorno gastrintestinal aparentes.
A Regurgitação não é devida a uma condição gastrintestinal ou outra condição clínica, como por exemplo, ao refluxo gastro-esofágico.
Os bebês com Ruminação ou Regurgitação exibem uma posição característica de tencionar e arquear as costas com a cabeça estirada para trás, projeta a mandíbula para frente e faz movimentos de sucção com a língua. A regurgitação ou ruminação não ocorre só depois que a criança se alimenta mas sim em qualquer momento e, curiosamente, parece ocorrer mais vezes quando a criança se encontra sozinha.
A literatura enfatiza o fato das crianças com Regurgitação serem habitualmente quietos, tristes, e que permanecem imóveis durante horas. Tem-se a nítida impressão que elas experimentam algum prazer com a ruminação e podem continuar fazendo movimentos de sucção como se buscassem alguma satisfação oral com isso.
Quando a regurgitação se regulariza, interrompe-se a perda de peso que a criança vinha apresentando, caso contrário, o crescimento é deficiente, podendo aparecer distrofia grave e desidratação e desnutrição.
Ainda que se possa evitar o ato de ruminação mediante constante atenção ou distração à criança, uma melhora mais expressiva só pode se dar com o restabelecimento de uma boa relação entre a mãe e a criança. Em algumas ocasiões a regurgitação pode se confundir com os vômitos, sendo o aspecto voluntário da regurgitação a principal diferença.

Constipação
A constipação é a retenção fecal quando não existem anomalias anatômicas ou causas dietéticas. A pesar de, aparentemente, não parecer um problema importante, pode converter-se em um transtorno crônico e difícilmente reversível. A constipação na criança é considerada, também, como uma forma de expressar sentimentos de oposição, frustração e ansiedade.

Diarréia
Tanto em crianças quanto em adultos, as diarréias também se incluem entre os transtornos gastrintestinais cuja origem é a ansiedade e a depressão, exceto nos casos de uma possível ação de agentes infecciosos ou alergias alimentares.


Fonte: Ballone GJ - Transtornos da Infância, in. PsiqWeb, Internet, disponível em <www.virtualpsy.org/infantil/infancia.html> 2003