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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Aleitamento Materno Exclusivo

Recebi alguns e-mails sobre as últimas postagens publicadas com algumas dúvidas de mamães de primeira viagem. Vamos lá, solucioná-las

Por que o bebê até os 6 meses de vida não necessita de nenhum alimento sólido ou líquido?
Porque o leite materno fornece todos os nutrientes e energia que o bebê necessita, tudo isso na quantidade exata para crescer forte e saudável, isso é, desde que a mamãe se alimente corretamente e ingira cerca de 4 litros de líquido por dia.

Mas o meu bebê tem sentido cólicas, por isso estou dando chá. Essa prática é correta?
Não é correta! Pois o bebê tem um certo volume gástrico e toda vez que você preenche o estômago dele com água, chá e outros líquidos pobres em nutrientes, ele deixa de ingerir o leite materno que é um alimento completo. O sistema imunológico do seu bebê ainda não está formado, portanto, ele pode apresentar algum efeito colateral a essas ervas, podendo até correr riscos mais sérios.

A água é essencial para nossa sobrevivência, como é possível o bebê sobreviver sem ela?
Vejam como a natureza é perfeita. O leite materno é composto por aproximadamente 88% de água, esta que satisfaz as necessidades do bebê. Mesmo nos primeiros leites (colostro), que é mais amarelado e espesso contém uma quantidade de água adequada às necessidades do bebê, mesmo porque o recém-nascido nasce com uma "reserva" de água em seu organismo.

Já que não posso dar chá, nem água para aliviar a cólica do meu bebê, o que posso fazer?
As cólicas são comuns em recém-nascidos, com pico a partir dos 15 dias. Continua até aproximadamente o terceiro mês e muitas vezes nos mesmos horários. A dor é uma sensação nova para o bebê, seu sistema digestivo ainda não está maduro, fazendo com que as paredes contraiam e relaxem sem controle, gerando gases e cólicas, em seguia acompanhada de muito choro. Nesse momento o melhor a fazer é ficar tranquila passando segurança a ele e cuidar com muito amor e carinho. Dicas importantes: Lembre sempre de fazer ele arrotar após as mamadas, pois o ar engolido junto com o leite aumenta os gases e as dores, massageie a barriga dele (com as mãos quentinhas, nada de mão fria) com movimentos circulares de 2 a 4 minutos várias vezes ao dia, com muito carinho faça ginástica com as perninhas dele como se estivesse pedalando (estimula a liberação de gases). E mamães que amamentam fiquem atentas ao tipo de alimentos que estão ingerindo (chocolates, doces, comidas gordurosas, cafeína, alimentos industrializados, entre outros). Não existe nada comprovado, mas evidências que esses alimentos pioram as cólicas dos bebês.

Como eu faço para regrar os horários das mamadas? De quanto em quanto tempo devo amamentá-lo?
Como já dito em publicações anteriores: Cada criança tem seu horário, seu metabolismo e seu jeito de mamar e devem ser respeitados. Só não deve confundir fome/horário de mamada com as "manhãs", afinal tem bebê que se deixar fica o dia todo no peito da mãe utilizando-o como chupeta, colo de mãe é tudo de bom! Mas não pode. Regrar as mamadas é um modo de impor rotina e limites ao bebê. Aos poucos vá aumentado o espaço entre as mamadas até chegar em intervalos de 3-3 horas (vide abaixo):

Quantidade e número de mamadas/dia no primeiro ano de vida

Idade

Quantidade por mamada

Mamadas/dia

0 a 2 semanas

2 semanas a 2 meses

2 meses

3 meses

4 a 6 meses

6 a 8 meses

8 a 12 meses

20 a 90 ml

90 a 150 ml

150 ml

180 a 200 ml

200 a 240 ml

240 ml

240 ml

6 a 8

5 a 6

5 a 6

5

4 a 5

3 a 4

3

Horários para mamadas: 8 - 11 - 14 - 17 - 20 - 23 - 2 - 5 horas

Uma ótima semana a todas (os)!!


domingo, 1 de agosto de 2010

Parênteses: Dia mundia da amamentação

Inicia-se hoje a campanha da "Semana Mundial do Aleitamento Materno" promovida pelo Ministério da Saúde, que este ano tem como tema o "tempo de amamentação de crianças nascidas em hospitais amigos da criança é maior que o de crianças nascidas em outras maternidades", ressaltando a importância do aleitamento materno exclusivo.
Leia matéria completa no site do Ministério da Saúde: www.saude.gov.br

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Constipação intestinal em bebês e crianças até 2 anos - trate corretamente


Tenho recebido constantemente e-mails e comentários de mães preocupadas com a constipação intestinal em menores de 2 anos de idade. Isso é possível? Sim, é possível.

A constipação intestinal, ou "obstipação", ou "prisão de ventre", entre outros nomes é caracterizada pela dificuldade de evacuar associada ao esforço, presença de fezes endurecidas, dor, levando muitas vezes ao aparecimento de fissuras intestinais e hemorróidas. Muitas vezes pelo medo de sentir dor a criança evita evacuar, agravando ainda mais o problema, pois logo a vontade passa e as fezes vão endurecendo e se tornando cada vez mais compactas.

Vale ressaltar que deve ser observado a frequência com que a criança evacua. Por exemplo, crianças em aleitamento materno exclusivo não necessariamente são obrigadas a evacuar diariamente, pois o leite contém todos os nutrientes que eles necessitam, muitas vezes absorvidos em quase sua totalidade pelo organismo, restando poucos resíduos a serem eliminados através das fezes.


Possíveis causas:


  • Ausência de aleitamento materno;

  • Diluição errada do leite em pó (maior quantidade de leite em pó do que água - o correto é observar as instruções do fabricante;

  • Adição de amidos, farinhas, entre outros " engrossantes" no leite;

  • Pouca ingestão de água e alimentos com fibras (aveia, feijão, frutas, legumes, verduras, etc), quando está ingerindo a alimentação complementar;

Atitudes que melhoram esse quadro:



  • Amamentação materna exclusiva até os 6 (seis) meses de vida (ou conforme orientação do pediatra ou nutricionista);

  • Introdução correta da alimentação complementar;

  • Respeitar horários tanto para amamentação quanto para as refeições após os 6 (seis) meses de vida;

  • Mamães que amamentam devem prestar atenção na quantidade de líquidos ingeridos ao longo do dia (deve estar em torno de 3 - 4 litros);

  • Evitar dar frutas em forma de suco, prefira a fruta in natura pela presença de fibras (laranja, mamão, manga, ameixa preta, kiwi, etc);

  • Evitar massas, frituras, sucos industrializado;s, doces, pães, etc;

  • Nunca utilizar enemas (supositórios, lavagem, etc) sem a orientação do pediatra, ou seja, MEDICAMENTOS SÓ COM ORIENTAÇÃO MÉDICA, SEMPRE!!!!;

  • Cuide da higiene do seu bebê, assaduras, fissuras ou outras afecções nesta região pode atrapalhar a evacuação provocando dor;

  • Cuide para que o ambiente em que seu bebê vive seja tranquilo. Estresse, ansiedade e outros fatores emocionais contribuem para a constipação.

Em caso de dúvidas procure orientação do pediatra ou de um nutricionista. Prevenção ainda é o melhor remédio!



segunda-feira, 1 de março de 2010

Nutrição para todos

Tenho visto diariamente em meu consultório pessoas com muitas dúvidas sobre o trabalho de um nutricionista, afinal qual é função desse profissional? Muito ampla, eu diria.
Um nutricionista pode atuar em diversas áreas, como por exemplo: Consultórios, escolas (educação nutricional, merenda, cantina saudável, etc), restaurantes industriais, lanchonetes, supermercados, Unidades Básicas de Saúde (UBS), hospitais, junto à engenheiros e arquitetos projetando espaços destinados à produção de refeições, entre outros.
O nutricionista não é um profissional habilitado a indicar medicamentos para perda de peso e em sua maioria são contra o uso indiscriminado destes, mas podem prescrever o uso de fitoterápicos que conseguem atingir bons resultados em curto espaço de tempo (para perda de peso, diminuição da ansiedade, vontade de comer doces, inibição do apetite, queda de cabelo, melhora da aparência da pele, flacidez, celulite, etc...)
É importante lembrar que ao menor surgimento de alguma doença implica em necessidades nutricionais diferenciadas, por isso a importância de consultar um profissional habilitado para corrigir sua alimentação. Situações como práticas de exercícios, gestação e cirurgias também necessitam de maior ou menor aporte calórico. Fique atento!
E quanto à alimentação infantil? O nutricionista pode atuar desde a pré-gestação/gestação controlando a alimentação da futura mamãe para que não haja excessos alimentares que podem levar ao aumento de peso, elevação da pressão arterial e dos níveis sanguíneos de glicose, colesterol, triglicérides, ácido úrico, entre outros que podem prejudicar o bebê. Também é de fundamental importância que a futura mamãe esteja preparada para conduzir a transformação alimentar de seu bebê a partir dos 6 meses de vida, fase que o bebê começa a ingerir novos alimentos. É preciso desfazer o mito que as primeiras papinhas do bebê são sopinhas batidas no liquidificador. Um nutricionista está apto a avaliar e indicar a melhor alimentação e a forma correta de preparo para que as necessidades nutricionais do bebê sejam atingidas.
O melhor de tudo é que podemos fazer transformações fantásticas na sua alimentação com alimentos que você está acostumado a consumir no dia a dia, nada de aumento nas despesas comprando alimentos caro ou diferente. A nutrição busca adaptar suas necessidades à praticidade e ao seu bolso.
Resumindo: a nutrição é para todos em todas as fases da vida. Portanto, a prevenção é o melhor remédio. Consulte o seu nutricionista!
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domingo, 3 de maio de 2009

Alimentação complementar a partir dos 6 meses de vida: O que eu devo saber?


Esqueça definitivamente aquela história de sopa! O que é muito comum quando ocorre a introdução da alimentação complementar ao leite materno a partir dos 6 meses de vida. Desde o início essa alimentação deve ser espessa e oferecida de colher. Começar com a consistência pastosa (papas/purês), nunca líquida, e gradativamente aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.

O que a mamãe deve saber?
  • Que no início da alimentação complementar os alimentos devem ser bem cozidos em pouca água e preparados especialmente especialmente para a criança;
  • Que esses alimentos após bem cozidos podem ser amassados diretamente no prato com o auxílio de um garfo (ficará com aspecto pastoso - papa/purê). Não há necessidade de liquidificar, nem passar na peneira. Alimentos liquidificados não estimulam a mastigação, e nessa fase as crianças estão aprendendo a distinguir a consistência, cor e sabor dos alimentos;
  • Que quanto mais espessa e consistente a alimentação, maior densidade energética do que alimentações dilúidas em muita água (caldos e sopas);
  • Que aos 6 meses de vida a gengiva da criança está pronta para triturar os alimentos e essa alimentação espessa auxiliará a função de lateralização da língua para jogar os alimentos de um lado para o outro e estimulará a mastigação;
  • Que aos 8 meses de vida, a criança que foi estimulada com papas espessas a partir dos 6 meses aceitará com facilidade a alimentação da família como o arroz, o feijão, carnes cozidas (desde que amassados ou desfiados e não tenham sido preparadas com condimentos fortes ou picantes);
  • Que a primeira papa salgada a partir dos 6 meses deve ser oferecida na hora do almoço e a partir dos 7 ou 8 meses ofercer uma segunda papa salgada no jantar;
  • Procure sempre variar a alimentação, oferecendo alimentos diferentes ao longo do dia, consequentemente de cores e sabores variados, isso assegura que a criança está recebendo nutrientes variados e necessários ao crescimento saudável.

Exemplo de papa para crianças a partir de 6 meses de idade:


Papa de carne moída, fubá e espinafre

Ingredientes:

2 colheres (sopa) de carne moída crua

1 colher (chá) de óleo de soja

1 colher (chá) de cebola ralada

4 colheres (sopa) de fubá

4 folhas de espinafre picadinho

1 colher (café) rasa de sal

 Modo de preparo:

Numa panela pequena, refogue a cebola e a carne no óleo. Acrescente dois copos de água (400 a 500 ml) e o fubá. Deixar cozinhar , sem parar de mexer, até que o caldo fique encorpado. Juntar o espinafre picado e cozinhar por mais 4 minutos em fogo brando.


Papa de mandioquinha, cenoura e frango

Ingredientes:

2 colheres (sopa) de peito de frango picadinho

1 colher (chá) de óleo de soja

1 colher (chá) de cebola ralada

2 mandioquinhas (tbm conhecida por batata baroa) médias

1 cenoura pequena

1 colher (café) rasa de sal

 Modo de preparo:

Numa panela pequena, refogue a cebola e o frango no óleo. Acrescente a mandioquinha e a cenoura picadas, o sal e dois copos de água (400 a 500ml). Tampe a panela e deixe cozinhar até amaciar e estar quase sem água. Se preciso for, acrescente mais água para que os alimentos fiquem bem macios.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Constipação intestinal



O que é constipação intestinal?

A Sociedade Paulista de Gastroenterologia Pedriática e Nutrição (1984) define como uma síndrome que consiste na eliminação com esforço de fezes ressecadas, independentemente do intervalo de tempo entre as evacuações.
A constipação intestinal é muito comum entre crianças, podendo ocorrer nos primeiros anos de vida. Em crianças com idade inferior a 2 anos de idade o aleitamento artificial aumenta as chances de constipação quando comparado à crianças que recebem aleitamento materno.
Já em crianças maiores a quantidade de fibras alimentares ingeridas interfere diretamente no funcionamento intestinal. Há também excessões, onde a criança ingere quantidades adequadas de fibra e continua apresentando quadros de constipação. Nestes casos deve-se levar em consideração fatores hereditários, psicológicos, alimentares que podem ou não estar associados a algum distúrbio intestinal.
Dicas:
  • Organize os horários das refeições (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar), isso fará com que haja maior consumo de alimentos e maior ingestão de fibras;
  • Nunca substitua alimentos salgados por leite, iogurte, sucos e líquidos em geral;
  • Introduza frutas, saladas de frutas, vitaminas, sucos naturais nos lanches intermediários;
  • Aumente o consumo de verduras e legumes. Se a criança apresenta dificuldade em consumir esses alimentos, utilize-os na forma de bolinhos, misturado ao arroz, no meio de molhos de macarrão (pode-se dar nomes divertidos às preparações, ex: macarrão com couve-flor = macarrão com flocos de nuvens);
  • Tomar de 8 a 10 copos de água por dia. Ingerir bastante água é fundamental para o bom funcionamento do intestino. Se a criança não toma, inicie com um a dois copos por dia e vá aumentando aos poucos.

Lembrando sempre que essas mudanças podemos e devemos fazer em casa, mas se não apresentar resultados consulte um profissional para que uma investigação mais profunda dos fatores da constipação seja feita.