Obesidade infantil

O desenvolvimento da obesidade está diretamente ligado aos hábitos de vida que vem se transformando a cada ano. Devido ao aumento da violência nas grandes cidades as crianças e os jovens saem cada vez menos para atividades de lazer nas ruas, nos bairros, nos prédios e com isso, o sedentarismo e os problemas relacionados à alimentação vem crescendo significativamente. Desta forma, com os novos hábitos os indivíduos, principalmente as crianças, estão gastando cada vez menos energia, tornando-se então indivíduos sobrepeso ou obesos.
Esta mudança não se dá apenas por falta das “brincadeiras de crianças”, mas também pela ingestão descontrolada de alimentos altamente energéticos.
O papel dos pais nestes casos é de suma importância, pois é necessário criar hábitos e regras saudáveis para a rotina, afastando então os riscos á saúde.

Algumas Dicas aos Pais:
a Controlar a entrada de alimentos altamente energéticos, de calorias vazias, ou seja, que não trazem nenhum benefício nutricional, tais como, bolachas recheadas, balas, chocolates, refrigerantes, salgadinhos de pacote;
a Estipular horários para TV, vídeo games, estimulando as brincadeiras onde possam obter gastos de energia, como por exemplos, pular corda, correr, dançar, andar de bicicleta, etc.;
a Evitar lanches pesados ao longo do dia, prejudicando as principais refeições, consumir mais frutas, sucos naturais, cereais a base de fibras;
a Adotar um cardápio variado, saudável para toda a família;
a Diminuir, limitar os famosos Fast-foods por se tratarem de alimentos altamente gordurosos;
a Realizar atividades físicas no mínimo três vezes por semana, onde toda a família participe, como, andar de bicicleta, fazer caminhada, etc.;
a Ler, informar aos filhos sobre assuntos relacionados à alimentação e saúde.

Anemia Ferropriva

Estudos recentes realizados em Universidades Brasileiras mostram dados alarmantes quanto à Anemia Ferropriva no Brasil. Os números apontam para 45% de crianças com Ferro abaixo do limite indicado por especialistas, caracterizando então um quadro de ANEMIA FERROPRIVA.
Estes valores abaixo citados caracterizam ANEMIA FERROPRIVA, segundo OMS (Organização Mundial da Saúde).

HEMOGLOBINA

Homens adultos.......................................<13g/dl

Mulheres adultas ....................................<12g/dl

Crianças de 6 meses a 6 anos ....................<11g/dl

Crianças de 6 a 14 anos ...........................<12g/dl

A anemia é uma doença do sangue caracterizada pela diminuição da quantidade de hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos. A hemoglobina contém o oxigênio necessário para alimentar os tecidos do corpo além do Ferro, um mineral indispensável na saúde de todos os seres humanos, em qualquer estágio da vida. Com a diminuição da hemoglobina os tecidos começam a receber uma quantidade inadequada de oxigênio e não conseguem trabalhar normalmente.

Possíveis Causas:
Dieta Pobre em Ferro;
Hemorragias ou Perdas de Sangue;
Menstruações Intensas;
Perda de Sangue nas Fezes;
Perda de Sangue em Vômitos;
Perda de sangue por verminoses;
Má absorção intestinal;
Diarréia constante;
Úlceras, etc.

Sintomas:
Palidez;
Olheiras;
Falta de apetite;
Fadiga, fraqueza, cansaço;
Falta de atenção, concentração;
Falta de ar, tontura, desmaios;
Falta de interesse em se exercitar, etc.

Problemas relacionados à ANEMIA FERROPRIVA:
Retardo no Aprendizado;
Retardo no Crescimento;
Desinteresse Escolar;

Recomendações Nutricionais:
Consumir leguminosas (exemplos: feijões, lentilha, grão de pico, ervilha, etc.) duas vezes ao dia (almoço e Jantar);
Consumir produtos de origem animal (carnes) nas principais refeições;
Consumir alimentos enriquecidos com Ferro (exemplos: pães e cereais);
Não ingerir alimentos derivados de leite nas principais refeições (almoço e Jantar), pois, os Cálcios presentes nestes alimentos reduzem a absorção do Ferro presente nos alimentos;
Incluir uma fonte de vitamina C nas refeições (exemplo: suco de limão, laranja, goiaba, caju), pois esta vitamina ajuda a absorção do Ferro presente nos alimentos;

As recomendações diárias de ferro são:
Crianças.....................................................10mg

Adolescentes - Homem................................. 12mg

Adolescentes - Mulher...................................15mg

Adultos - Homem......................................... 10mg

Adultos - Mulher.......................................... 15mg

Gestantes.................................................. 30mg

Alimentos Indicados:
Fígado, Rins,
Carnes em geral;
Gema de Ovo;
Leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico, etc.);
Castanhas, nozes;
Folhosos verdes escuros (espinafre, couve);
A melhor maneira para a prevenção da anemia ferropriva é uma alimentação rica em alimentos que possuem ferro e alimentos enriquecidos ou fortificados com o mineral.

Em caso de dúvida um médico e ou uma nutricionista deverão ser consultados.

Lanche escolar - Cardápio 1

Segunda-feira
Suco de laranja (100 a 200mL), 3 biscoitos sem recheio, 1 maçã

Terça-feira
1 unidade de Leite fermentado, 1 fatia de bolo simples, 1 ameixa

Quarta-feira
1 caixinha de achocolatado, 1 bisnaguinha com requeijão, 1 cacho peq. de uvas

Quinta-feira
Suco de soja (100 a 200mL), 1 sanduíche (1 fatia de pão de forma cortada em triangulo, 1 fatia de presunto e alface picada), 1 pera

Sexta-feira
1 caixinha de água de coco, 2 torradas com fatia de queijo branco, 1 fatia de mamão cortada em cubos

Alimentação saudável começa a partir da educação!

Por que "educar" tem se tornado uma tarefa árdua? Por que muitos pais delegam à escola essa responsabilidade? Onde começa e onde termina o papel da escola? Quando negar ou permitir algo aos nossos filhos? Quando estou agindo de forma certa?
Todos os dias inúmeras perguntas como estas nos atormentam, dúvidas surgem e como solucioná-las se criança não vem com um manual de instruções?
Na maioria das vezes sabemos como agir, mas não o fazemos. O bom senso tem de prevalecer nesses momentos. Por exemplo, no lanche escolar é saudável levar um bolo caseiro, salada de frutas, suco natural, frutas frescas, iogurte, entre outros, mas a falta de tempo aliada às maravilhas da vida moderna torna isso quase impossível. Pra que "perder" tempo fazendo um bolo caseiro se eu posso comprar um delicioso bolinho individual, no tamanho ideal, recheios a escolha e por um preço bem acessível? Muito prático e agradará muito mais ao meu filho!
Será que estamos agindo corretamente pensando desse modo? Claro que não!
Para inserirmos uma alimentação saudável dentro de nossa casa, precisamos mudar primeiro nossa forma de pensar e agir! Comer o que se quer, na hora que se quer e como se quer não é correto.
Muitos pais que trabalham fora acabam “compensando” sua ausência com guloseimas, permitindo que a criança coma o que deseja. Criança precisa de horários, precisa de regras e limites.
Em primeiro lugar o exemplo deve partir dos pais. De nada adianta querer que a criança coma alface e tomate se estes nem passam perto do prato dos pais. Portanto, pais, observem seu prato, sua alimentação diária, seus horários e as guloseimas que costumam consumir durante o dia. Corrija seus hábitos se estiver errado.
Embora exija muita paciência e tempo, vale à pena insistir numa alimentação saudável para as crianças fazendo-as colocar a mão na massa e provar aquilo que ela preparou.
Nunca force a criança a comer aquilo que não deseja. Pode-se tentar introduzir o alimento preparando-o de diferentes formas, aumentando a freqüência com que é ofertado, conversar sobre os benefícios pra saúde, contar histórias e até mesmo incentivar a culinária para as crianças. E mesmo que a criança não aceite o alimento, ele deve estar presente diariamente no seu prato para que ela saiba que faz parte de sua alimentação! Mais cedo ou mais tarde ela vai acabar provando!Geralmente as relações negativas com a comida estão ligadas a punição, chantagem, premiação com alimentos ou uma infinidade de sentimentos e associações estabelecidas ao longo de nossa vida. E pra criança o fato de comer algo que não “gosta“ passa a ser uma punição! Ainda há tempo pra contornar a situação, pois muitos hábitos se solidificam ao longo da infância, mas também podem ser revertidos ou amenizados nessa fase.
Somente através da informação, através da educação nutricional, a preparação de receitas saudáveis, é que podemos obter ótimos resultados para a saúde futura. Basta querer!